Não venhas ainda
Não venhas já...
Não venhas por terra nem venhas por mar
Não venhas antes, que esta dor eu consiga apagar
Agora, só o agora importa...
O amanhã é incerto e o passado fechou-me a porta
Não venhas ainda, não venhas já...
Deixa que adie meus sonhos inacabados
Num livro desempoeirado, pagina a pagina os quero guardados
Deixa que surja em mim, aquela menina mulher pela vida enamorada
Que sem lágrima ou revolta, do ano velho se despeça e aceite a transição
Sinto-te a chegar e eu perdida na bruma, cega de dor e saudade
E de te receber não sinto vontade...
E neste entremeio revivo...
Quantos sorrisos, quantos amigos, quanta ternura, quanta emoção...
No rosto rola uma lágrima, rola indiferente... perdida...
No rosto rola uma lágrima, rola indiferente... perdida...
E heis que de longe, como sopro do vento, chegou suave uma doce melodia
Num discurso de palavras simples, de felicidade se encheu meu coração
Acalmando o meu penar, enche-se meu âmago de gratidão
E num frenesim, preparo o festim
Abraço lembranças de felicidades tantas
E em volteios de alegres danças, foi-se a distancia
Alheia à dor e à incerteza
Sinto a doce fragrância de um Ano Novo em mim
Alheia à dor e à incerteza
Sinto a doce fragrância de um Ano Novo em mim
Permito-me por hoje não mais penar
Ordeno sem vacilar!
Vão minhas penas para longe de mim
Que sem mais delongas o Novo Ano, quero abraçar !
Feliz 2015